sexta-feira, maio 23

Ao conhecê-lo não hesitei em duvidar do meu futuro. era com/por ele que os meus planos seriam modificados bruscamente. ele me despertou a vontade incrédula de ter uma vida regrada morando sob o mesmo teto do cara por quem eu teria me apaixonado perdidamente. passei cerca de dois meses com sede de rio de janeiro e compania que fosse, de fato, desejada. Mas nada foi gentil quanto a isso: pra estar constantemente ao lado dele teria que ultrapassar minhas capacidades especiais como mutante e passar na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Claro que estudo em massa resolveria meu problema, mas aí é que está: recentemente recebi a notícia de que ele, bruno, está de mudança para os eua. Medo. esse sentimento bizarrento que não move a direção do vento e muito menos a localização das montanhas, que te deixa estagnado tomou conta de mim. Nosso contato têm sido raro, mudanças pelo rio de janeiro e agora mudanças pelo mundo. Foi um tempo angustiante esperando que a forma de comunicação entre nós voltasse a acontecer, mas pelo modo que as coisas estão indo, ela só vai se tornando mais escassa. a base de todo o meu medo em relação a nós dois não é a questão de que iremos ficar juntos ou não no futuro. não é baseada em nada senão a dúvida de que a dependencia pode ser imortal e que o meu ser não possa mais ter a sede de se entregar a outro ser humano. não gosto de pensar na idéia de que eu vá crescer profissionalmente e acabar casando e tendo filhos com outro homem tendo, ainda mente, o meu coração nas mãos desse carioca. Gosto menos ainda de pensar que eu possa viajar a trabalho e acabar ligando pra avisar que "estou na cidade". isso teria como resultado um dia especial e, pior que isso, a deparação com visão de que nada passaria daquilo. decerto meu coração vai apertar durante muito tempo ao pensar que um amor tão bonito não teve chances de pôr em prática os planos feitos. pelo menos não por agora. talvez dê no futuro, quem sabe? Confesso que acho incrível como o fato de fazer tantos planos te prende a eles como nada. Na verdade, a parte mais difícil disso tudo é deixar esse planos pra trás sem ter ter vivido nem se quer um deles. Muitas músicas (todas, diga-se de passagem) eu relaciono instintivamente ao meu suposto relacionamento atual e o que me faz parar pra pensar naquelas que falam de beijos e memórias é que eu não tenho nada pra guardar na minha mente senão o sentimento. Dizem que quando tem de ser será. Se não tiver...

segunda-feira, maio 19

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